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Por: Pedro César Tebaldi em 25.05.2015

Tendências de TI e novas tecnologias que vão mudar o mercado B2B

Tendências de TI para o Mercado B2B

As tendências de TI e as novas tecnologias que irão impactar a sociedade e o mercado B2B (Business to Business) são temas muito recorrentes em quase todos os eventos da área. A OpServices esteve presente no Fórum Internacional de TI do Banrisul e levantou alguns insights interessantes a partir de palestras de grandes nomes como Álvaro Mello, vice-presidente de pesquisa do Gartner e Bernie Meyerson, vice-presidente de inovação da IBM e ph.D em física.

Temas como Mobilidade, cloud e internet das coisas (IOT) sempre são pautas deste tipo de evento e foram bastante abordadas. Leia abaixo o resumo do que aconteceu de melhor no evento!

 

Inovação

No processo de inovação, as empresas que mais se destacam geralmente possuem um líder ou uma equipe com perfil “evangelizador” da nova tecnologia. Mais do que inovar é preciso se contagiar com o que está sendo criado. Este perfil é essencial para as empresas que precisam se reinventar a todo o momento.

Neste novo modelo de empresas voltadas para a inovação e para negócios digitais, existe uma tendência, já iniciada, de horizontalização de hierarquias. Ou seja, é necessário “sair da caixa” do RH, onde os papéis e responsabilidades são estáticas, e buscar um modelo que integre mais as áreas da organização e permita que pessoas de diferentes hierarquias estejam inseridas nos mesmos projetos. Este tipo de grupo de trabalho com diferentes perfis (idade, experiência, cargo, função) é essencial para produzir coisas novas ou ideias outside the box.

 

Neste contexto, Álvaro Mello, vice-presidente de pesquisa do Gartner, propôs na sua apresentação uma TI Bimodal. Este modelo seria um mix entre os processos tradicionais e os processos baseados em sprints, como nas metodologias ágeis. Neste mesmo contexto, existe uma tendência de criação de startups dentro da própria organização, um modelo de grupos de trabalho multidisciplinares: dois profissionais técnicos (TI, engenharia, matemática, etc.) e quatro da área de negócios, por exemplo.

A consequência deste novo método de trabalho seria uma maior aproximação entre a inovação gerada dentro das organizações com as necessidades reais dos usuários finais. Como barreira para a aplicação deste modelo está a necessidade de negociação por recursos humanos, que é sempre uma dificuldade para as organizações com objetivos ainda muito setorizados.

 

Não há inovação sem risco

Para tirar proveito dos novos modelos de experimentação é necessário assumir alguns riscos. Se é certo que para que as empresas sobrevivam é necessário a inovação, também é certo que para gerar inovação não existem percursos sem riscos. Um dos problemas do perfil do empresário brasileiro ainda é a mentalidade do “risco zero”.

 

Mobilidade

Em relação as tendências para aplicações móveis, existe a necessidade de alterar o mindset focado na construção de features úteis para a criação de impacto aos usuários. Conhecido nos Estados Unidos como “A-HA Moment”, seria o momento em que o usuário é impactado pela aplicação. Ou seja, mais do que gerar utilidade para seus usuários é preciso gerar uma conexão emocional ou impacto positivo.

Sobre o tema da mobilidade também foi abordado que existem muitas oportunidades para aplicações que gerem impacto no ambiente de trabalho. Este mercado ainda não foi muito explorado pelos fabricantes de Apps e possui um grande potencial.

O Mobile First, criação de aplicações primeiro para smartphones e depois para desktops, é uma tendência forte e já é aplicado em 25% dos novos desenvolvimentos. A tendência é um aumento deste percentual ao longo dos próximos anos.

 

Internet das Coisas (IOT)

A internet das coisas, ou internet of things, é sempre citada como uma nova tendência e nós sempre temos a impressão que ela nunca chega. Porém, já faz parte do nosso dia a dia mesmo sem percebermos. Quando se fala em internet das coisas sempre é citado o exemplo da geladeira que, baseado no perfil de consumo, solicita automaticamente novos produtos a partir de integração com formas de pagamentos. Este é um modelo de negócio direto entre usuário e varejo/serviço. Porém, a maior parte dos negócios gerados pela internet das coisas será entre as empresas.

Já existem lixeiras inteligentes espalhadas em algumas cidades que possuem um sensor que avisa quando a capacidade de lixo está esgotada e o lixo precisa ser recolhido, utilizando energia solar para executar esta função de forma autossustentável. Mas ao contrário do que se pensaria em um primeiro momento ela não é comercializada para as prefeituras. O modelo de negócio da fabricante é a venda de serviços de aumento de eficiência logística para empresas de recolhimento de lixo. Ou seja, a comercialização de informações valiosas é um caminho que será muito lucrativo para as empresas que conseguirem enxergar isto.

 

Segundo o GARTNER, até 2020, 30 bilhões de “coisas” estarão comunicando-se com os usuários e 200 bilhões de “coisas” se comunicando entre si.

 
Pela razão de que o número de comunicação “entre as coisas” é maior do que as comunicações “com os usuários”, o Gartner acredita que as maiores oportunidades de negócios não estão na comunicação entre “as coisas” e “os usuários”, mas sim entre elas (coisas) e as empresas.

Outra oportunidade grande para as empresas com a internet das coisas é o desafio de gerenciar infinitos Apps e Gadgets de forma simples para as empresas e os usuários, gerando desta forma oportunidade no gerenciamento e na integração das comunicações. Ou seja, a criação de padrões de mercado e unificações de tecnologias gerará muito dinheiro para as empresas que souberem aproveitar essas oportunidades.

 

Big Data Analytics

As inúmeras comunicações entre os gadgets inteligentes gerará um volume gigantesco de informações. Para que essas informações representem dinheiro e novos negócios é preciso criar “rótulos” e “etiquetas” para a organização destas informações. O Big Data só é útil se for possível realizar análises a partir de ferramentas de Analytics, que utilizam algorítimos preditivos e de aprendizado para gerar conhecimento inédito a partir de capacidade computacional, que não poderia ser realizada a partir do cérebro humano.

Bernie Meyerson, vice-presidente de inovação da IBM, apresentou no evento o Watson, uma poderosa ferramenta de Big Data Analytics que contém grande capacidade cognitiva para interpretar perguntas e gerar resultados ou respostas inéditas a partir de correlações de informações. Assistir ao vídeo do evento promovido pela IBM, onde dois campeões de Jeopardy enfrentam a máquina da IBM.

A tecnologia do Watson foi utilizada na cidade de Richmond, no Estado de Virginia, para prever crimes com grande aproximação estatística. Foram alocadas viaturas nos locais onde o Watson previa maior quantidade de crimes, baseadas nas informações de denúncias do 911 que eram atualizadas em tempo real. O aumento de viaturas em lugares previstos pelo Watson gerou diminuição nos crimes de 34%, na primeira semana e 40% nas seguintes. A cidade passou de 5ª mais violenta nos Estados Unidos para a posição 99ª.

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ESCRITO POR

Pedro César Tebaldi

Atua há 10 anos no mercado B2B de tecnologia da informação como gerente de marketing, tendo escrito mais de 500 artigos sobre tecnologia durante esse período. Também é responsável pela área de Business Intelligence da OpServices, que presta consultoria para médias e grandes empresas em todo o Brasil.

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