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Por: Pedro César Tebaldi em 31.03.2015

O que é a internet das coisas?

Monitoramento de Internet das Coisas IOT

Estamos conectados à internet e plenamente dependentes dela para muitas coisas. Atualmente é impensável trabalharmos sem acesso à internet. Quando ela fica indisponível as empresas passam a trabalhar offline e as que dependem de tecnologia passam a não produzir nada neste período. Aplicações em nuvem ou sistemas que dependem da rede, apesar de apresentar inúmeras vantagens possuem este gargalo da dependência de conexão.

 

O impacto da internet das coisas no dia-a-dia das empresas

A internet das coisas ou “internet of things” (internet of everythings) eleva esta necessidade de conexão a um nível além, pois permite conectar os mais variados tipos de coisas, como tênis, eletrodomésticos, dispositivos, aparelhos eletrônicos, enfim, tudo à internet. Através de sensores minúsculos que captam informações sobre a sua utilização e enviam para a rede, estes Gadgets podem potencializar seu uso para se conectar com outros dispositvos.

Os Gadgets do momento quando se pensa em internet das coisas são os relógios inteligentes (Apple Watch) e os óculus de realidade aumentada, como o Rift, desenvolvido pela Oculus VR e que foi vendida ao Facebook por R$ 2 bilhões. A Google, umas das principais empresas no desenvolvimento da internet das coisas optou por um recuo estratégico com relação ao Google Glass, pois a tecnologia, como os tablets nos anos 90, ainda está muito a frente do seu tempo e necessita de alguns ajustes para tornar-se um produto que realmente tenha aplicação no dia a dia das pessoas.

Para as empresas, além deste novo mercado que se abre para a colocação de tecnologia em utensílios/eletrodomésticos do dia a dia, surge a demanda para otimizar estas aplicações para que contribuam com a produtividade dos funcionários durante o horário de trabalho. Além disso, é uma preocupação da maioria das organizações que o excesso de conectividade desfoque seus funcionários, criando uma expectativa por algum tipo de controle destes dispositivos durante o expediente. Neste artigo separamos algumas aplicações da internet das coisas na melhoria dos processos em alguns segmentos de negócios. Confira abaixo:

 

Carros que dirigem sozinhos

A Google vêm desenvolvendo uma série de aplicações disruptivas para aproveitar o Buzz da internet das coisas. Um dos produtos mais aguardados são seus carros autônomos. Os carros que dirigem sozinhos são sua grande aposta para evitar falhas humanas no controle do carro e melhorar a vida das pessoas através de um transito mais seguro e controlado. O estado de Nevada, nos Estados Unidos, foi o primeiro a aprovar uma lei que permite a circulação em via pública de carros sem motoristas. Áreas pré-determinadas foram criadas para que a novidade do Google possa ser testada antes de entrar oficialmente no mercado.

Para as empresas que dependem de logística e transporte essa é uma inovação que permitirá ter maior controle sobre suas cargas, possibilitando um melhor planejamento e, desta forma, medindo melhor os riscos. Este é um mercado que sofre muito com falhas humanas e que pode ser impactado positivamente pela internet das coisas. Além disso, acompanhar a entrega de um produto na casa do cliente pode se tornar muito mais fácil Emitindo dados constantes sobre o trajeto percorrido, acondicionamento do produto e transporte, a empresa tem total controle sobre a qualidade da entrega e garante a satisfação do cliente.

 

Embalagens inteligentes

Embalagens com informações sobre preço já são utilizadas hoje em dia. Com a internet das coisas a tendência é que cada vez mais informações sejam conectadas às embalagens. A Data de validade, é um exemplo de informação que pode ser melhor controlada e barrada no caixa caso o produto esteja vencido. Informações sobre o acondicionamento adequado dos produtos podem gerar “alertas” caso uma embalagem esteja a uma temperatura acima do descrito nas informações cadastradas em sua embalagem.

As empresas de varejo também podem lançar mão de promoções específicas, de acordo com o produto adquirido pelo cliente, antes que o mesmo realize o pagamento. O atendente do caixa pode oferecer uma oferta específica, baseado na correlação de uso a partir dos produtos colocados nos carrinhos dos clientes. Este tipo de ação já é realizada no comércio eletrônico e com a internet das coias a tendência é que se aprimore cada vez mais. O pagamento via celular, através da tecnologia NFC pode diminuir a dependência de pessoas para realizar pagamentos. Este tipo de aplicação melhoraria não só o setor de varejo, mas também qualquer segmento que tenha problemas com filas para pagamentos.

 

Compreensão de comportamentos

Compreender os clientes é um dos maiores desafios das empresas e a internet das coisas pode ajudar a solucionar muitas questões. Em um evento, por exemplo, é possível monitorar as entradas e saídas de cada participante, através de dispositivos contidos nos brindes e material de apoio, estimando desta forma o tempo de concentração das pessoas e assim otimizando palestras para dar esse respiro que as pessoas precisam para continuar a participar. Da mesma forma é possível mapear stands mais visitados e assim determinar quais são os maiores interesses de determinado público.

 
o que é internet das coisas

 

Eletrodomésticos inteligentes

Manter o relacionamento com os clientes fica muito mais fácil quando você sabe do que ele precisa e com a internet of things você certamente vai saber. Já existem eletrodomésticos como fogões e geladeiras inteligentes que enviam informações sobre os hábitos de consumo das pessoas para as empresas que, a partir destes dados, passam a enviar materiais exclusivos para os clientes, como receitas personalizadas e até listas de compra prontas.

Com isso, as empresas passam a fazer acordos, pois ganham um produto adicional: as informações dos seus clientes. Por exemplo, uma empresa que vende geladeiras pode ter um acordo com uma empresa do ramo de supermercados. Através da troca de informações entre a geladeira com as embalagens dos produtos acondicionados nelas, pode ser possível identificar hábitos de consumo e, a partir disso, entender melhor o cliente para vender produtos mais adequados para o seu perfil.

 

O futuro

A internet das coisas ainda gera muitas expectativas e promessas, mas só vamos ter certeza do seu potencial quando ela estiver funcionando plenamente em nossas vidas. De acordo com o IDC – International Data Corporate, até 2020 devemos ter 212 bilhões de coisas conectadas à internet, e isso é apenas o início.

Como fabricantes de software para gerenciamento de TI, imaginamos que a necessidade por controle desses dispositivos será uma demanda real. Para tal monitoramento, será necessário um software capaz de visualizar informações sobre diferentes dispositivos, coletando dados através de diferentes protocolos.

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ESCRITO POR

Pedro César Tebaldi

Atuei por 10 anos no mercado B2B de tecnologia da informação como gerente de marketing, tendo escrito mais de 500 artigos sobre tecnologia durante esse período. Hoje sou líder do time de dados, dentro da área de Business Intelligence da OpServices, prestando consultoria para grandes empresas em todo o Brasil.

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